Yoga na gravidez e no pós-parto: os benefícios e as recomendações

Yoga na gravidez e no pós-parto: os benefícios e as recomendações

Fonte: Site Activa

Manter um estilo de vida e integrar a prática de exercício físico durante a gravidez e pós parto da mulher pode ser um tema que suscita algumas questões – nomeadamente quanto às modalidades a praticar, à frequência com que se deve treinar e a intensidade da atividade física. Uma das opções pode ser a prática de Yoga que pode ser integrada durante a gravidez e depois de o bebê nascer.

O Yoga pode ser uma escolha muito completa para futuras mães – já que estimula o bem-estar e equilíbrio físico e mental através do controlo da respiração e da promoção da autoconsciência. Conseguir aplicar as técnicas do Yoga para respirar conscientemente pode contribuir para uma sensação de relaxamento e calma que se pode verificar útil nesta nova fase da mulher e da família – que, por vezes, pode trazer alguma ansiedade ou nervosismo. Por outro lado, a conexão que se cria com o próprio corpo e mente do praticante através do Yoga pode permitir viver a gravidez de forma mais desperta – contribuindo para tirar o máximo dessa experiência.

Ainda que seja uma prática tendencialmente de impacto reduzido, deve ser praticada mediante orientação de um professor experiente e com conhecimento acerca da especificidade anatómica, fisiológica, mental e emocional da gravidez, parto e pós-parto – já que existem algumas posturas mais indicadas e provavelmente mais confortáveis para a grávida ou para a recém mãe. Para além disso, a gravidez é um ciclo composto por muitas fases – todas elas muito diferentes entre si -, pelo que há elementos a ter em conta e prioridades distintas em cada uma das fases da gravidez e pós-parto.

Primeiro Trimestre (1 a 16 semanas)

Nestas primeiras semanas, é frequente que a mãe esteja a adaptar-se às mudanças hormonais. Por isso, é fundamental que a grávida cuide de si, descanse e observe ativamente aquilo de que necessita. Nesse sentido, a respiração consciente e profunda terá uma importância muito significativa – promovendo-se a prática de uma respiração fluida, sem retenções e sem ser feita com os pulmões muito cheios nem muito vazios.

Segundo Trimestre (16 a 34 semanas)

Nesta fase, a placenta fica funcional, os níveis hormonais estabilizam, e a gravidez fica bem estabelecida. Assim, é a altura certa para aumentar a força e a energia da respiração – sempre tendo consciência do alinhamento da coluna e da respiração -, já que é uma altura em que o organismo necessita de muita oxigenação.

Durante a prática do Yoga, recomenda-se que a respiração se concretize de modo completo – o chamado Prána Kriyá. Aconselha-se também o recurso à respiração pela boca, que vai ser muito importante na altura do parto.

Terceiro Trimestre (34 a 40 semanas)

Nas últimas semanas, a mãe tende a sentir-se mais pesada e com necessidade de se concentrar ainda mais no nascimento do bebé. O objetivo da prática de Yoga será mantê-la o mais confortável possível e permitir a preparação física, mental e espiritual para o parto. Nesta fase, a prática de Yoga vai concentrar-se muito na execução de momentos mais longos de alongamento, respirações profundas e relaxamentos – ao mesmo tempo que se vai trabalhar a tonificação dos músculos pélvicos.

Pós parto (Nascimento – 16 semanas)

Nas duas semanas após o parto, recomenda-se uma a prática que consista apenas em exercícios respiratórios. Gradualmente, é importante recuperar uma boa postura, tonificar os músculos mais profundos e fortalecer as costas. Por outro lado, o retorno a uma rotina de exercício físico mais intenso deve ser feito de forma gradual e suave.

Algumas técnicas de relaxamento ajudarão a compensar a falta de descanso que se poderá sentir especialmente nessa fase e apoiar a adaptação à nova vida.